Los ungulados son componentes primordiales en el funcionamiento de los ecosistemas, al formar parte de la cadena trófica. Son consumidores (herbívoros) y presa, dispersantes de semillas, transmisores y reservorios de enfermedades, erosionan y modelan el paisaje, en definitiva, forman parte consustancial de los mismos. Además, presentan la característica de ser especies cinegéticas, lo que les confiere un valor añadido.

En nuestro país, con carácter general durante el siglo XX, se implementaron una serie de medidas legislativas para mitigar la pérdida de efectivos de estas especies a consecuencia de la persecución que estaban sufriendo. Además, se estaba produciendo una transformación en el medio rural, con un masivo despoblamiento humano, que trajo consigo el abandono de los cultivos y la puesta en marcha de grandes repoblaciones forestales con el objetivo de fijar la gente al territorio, entre otras finalidades. En muchas zonas rurales estaban ausentes los depredadores a la vez que se efectuaban introducciones dado el carácter venatorio de las especies.

Esta conjugación de medidas legislativas proteccionistas, abandono de tierras, sensibilización social, protección y conservación de gea, flora y fauna, etc. han contribuido a que, en el siglo XXI, las poblaciones de ungulados hayan aumentado de manera significativa, incrementándose no solo sus efectivos poblacionales, sino también su área de distribución.

Este aumento de las densidades (no solo de silvestres sino también de domésticas) conlleva una mayor presión de herbivoría que impide la regeneración de la vegetación poniendo en riesgo la viabilidad de determinadas especies vegetales y hábitats, favoreciendo además la aparición y mayor propagación de enfermedades infectocontagiosas. Todo esto se ve potenciado, en algunos casos, por la ausencia de depredadores. Ante estas situaciones, la caza controlada se perfila como una herramienta de gestión necesaria para regular estas poblaciones. Sin embargo, cada vez aumentan las presiones de grupos animalistas que están en contra de esta actividad.

La Reunión sobre Ungulados Silvestres Ibéricos (RUSI) surgió en 2010 con el objetivo de crear un foro de debate e intercambio de información entre los diferentes grupos profesionales que desarrollan trabajos o actividades relacionadas con los ungulados silvestres ibéricos. RUSI va dirigido a las diferentes personas o grupos de investigación dedicados al estudio de los ungulados ibéricos silvestres y asilvestrados, autóctonos o introducidos de la Península Ibérica y sus islas desde la perspectiva de la biología, ecología, veterinaria o cualquier otra disciplina científica.

En su novena edición la reunión tendrá lugar en el Parque Nacional de Sierra Nevada y el tema principal a tratar serán «los ungulados y su conservación, ante una nueva realidad más urbana y menos rural». Dado que Sierra Nevada alberga la población de cabra montés más numerosa de todas las existentes además de ser la que mayor variabilidad genética presenta nos ha animado a incluir un taller exclusivo en donde se evalúe el estado de las poblaciones de cabra montés en Europa. En los últimos años se ha pasado de ser una especie existente únicamente en España a estar en la actualidad distribuida por Andorra, Francia y Portugal.

Aunque no está cerrado aun, se pretende que la reunión dure dos jornadas y media (4 al 6 de octubre). El formato propuesto para la tarde del primer día incluye la celebración de tres sesiones de trabajo (hora y media de duración aproximada) consecutivas con diez minutos de pausa entre ellas, en la que se debata en exclusiva sobre la cabra montés y su estatus actual, diversidad genética de las poblaciones (subespecie hispanica vs victoriae) y principales amenazas (enfermedades).

Durante la segunda jornada del congreso se celebrará el RUSI propiamente dicho con la exposición de las diversas comunicaciones orales y póster que se presenten al mismo. Ese día tendrá lugar la inauguración oficial y la cena de clausura. El último día tendrá lugar una excursión ascensión al Mulhacén, programándose una ruta alternativa para quien lo desee.

Os invitamos a participar en esta reunión aportando vuestro punto de vista y presentando vuestros trabajos. En breve recibiréis más información sobre las fechas de inscripción, alojamientos, programa, etc.

¡OS ESPERAMOS EN LA ALPUJARRA, LA CARA SUR DE SIERRA NEVADA!

Os ungulados são componentes fundamentais no funcionamento dos ecossistemas, pois fazem parte da cadeia trófica. São consumidores (herbívoros) e presas, dispersantes de sementes, transmissores e reservatórios de doenças, corroem e moldam a paisagem, em suma, são parte consubstancial deles. Apresentam também a característica de serem espécies de caça, o que lhes dá um valor acrescido.

No nosso país, com caráter geral durante o século XX, foram implementadas uma série de medidas legislativas para combater a perda de efetivos dessas espécies, em resultado da perseguição de que eram alvo. Além disso, ocorria uma transformação no meio rural com um enorme despovoamento humano que trouxe consigo o abandono das plantações e o início de grande reflorestação com o objetivo de fixar pessoas no território, entre outras finalidades. Em muitas áreas rurais, os predadores estavam ausentes enquanto as introduções eram feitas dada a natureza venatória da espécie.

A conjugação de legislação protecionista, abandono de terras, sensibilização social, proteção e conservação da vegetação, flora e fauna, etc. contribuíram para o fato de no século XXI, as populações de ungulados aumentarem de forma significativa, aumentando não só a sua população como também a sua área de distribuição.

O aumento das densidades (não só de espécies silvestres mas também domésticas) conduz a uma maior pressão herbívora que impede a regeneração da vegetação, colocando em risco a viabilidade de determinadas espécies vegetais e habitats, favorecendo também o aparecimento e disseminação de doenças infectocontagiosas. Tudo isto é potenciado, em alguns casos, pela ausência de predadores. Perante estas situações, a caça controlada surge como sendo uma ferramenta de gestão necessária para regular estas populações. Porém, verifica-se um aumento de pressões de grupos animalistas que se mostram contra esta atividade.

O Reunião dos Ungulados Ibéricos Selvagens (RUSI) surgiu em 2010 com o objectivo de criar um fórum de debate e troca de informação entre os diferentes grupos profissionais que desenvolvem trabalho ou actividades relacionadas com ungulados ibéricos selvagens. RUSI destina-se a várias pessoas ou grupos de investigação dedicados ao estudo de ungulados ibéricos selvagens e asilvestrados, autóctonos ou introduzidos a partir da Península Ibérica e suas ilhas, através  da perspectiva da Biologia, Ecologia, Medicina Veterinária ou qualquer outra área científica.

Na sua nona edição, o encontro terá lugar no Parque Nacional da Serra Nevada, tendo como principal tema «os ungulados e a sua conservação, perante uma nova realidade mais urbana e menos rural». Considerando que a Serra Nevada alberga a maior população de cabra-montês de todas as  existentes e também a que apresenta maior variabilidade genética, sentimo-nos incentivados a incluir um workshop para avaliação do estado das populações da cabra-montês  na Europa. Nos últimos anos deixou de ser uma espécie existente apenas em Espanha para atualmente estar distribuída por Andorra, França e Portugal.

Embora possa ainda vir a ser alvo de alterações, o congresso irá ter a duração de dois dias e meio (4 a 6 de Outubro). O formato proposto para a tarde do primeiro dia inclui a realização de três sessões de trabalho (duração aproximada de uma hora e meia) com pausas de dez minutos entre cada sessão, debatendo exclusivamente sobre a cabra-montês e seu status atual, diversidade genética das populações (subespécie hispanica vs victoriae) e principais ameaças (doenças).

Durante o segundo dia do congresso, realiza-se o RUSI propriamente dito com a exposição de várias comunicações orais e cartazes. Nesse dia irá decorrer a inauguração oficial e o jantar de encerramento. O último dia terá lugar em uma excursão ao Mulhacén, programando uma rota alternativa para quem quiser.

Convidamo-vos a participar nesta reunião, contribuindo com o vosso ponto de vista e apresentação dos vossos trabalhos. Em breve irão receber mais informações acerca das datas de inscrição, alojamento, programa, etc.

ESTAMOS À SUA ESPERA EM ALPUJARRA, O LADO SUL DA SERRA NEVADA!

La primera edición del RUSI tuvo lugar en septiembre de 2010 en la Universidad de Zaragoza (España). En esta primera edición se debatió sobre taxonomía y genética, estimas poblacionales, seguimiento sanitario, conservación y gestión de ungulados.

A primeira edição da RUSI (RUSI I) teve lugar em setembro de 2010, na Universidade de Saragoça, Espanha, e os temas apresentados foram sobre taxonomia e genética, estimativas populacionais e seguimento demográfico, seguimento sanitário e conservação e gestão de ungulados.

La 2ª edición tuvo lugar en la Universidad de Aveiro (Portugal) en julio de 2011. Se organizaron dos talleres, en formato de mesa redonda: “Las metodologías de censo y sus aplicaciónes a la gestión” y la “Gestión cinegética de las poblaciones de ungulados”.

A segunda edição da RUSI (RUSI II), em julho de 2011, teve lugar na Universidade de Aveiro, Portugal tendo consistido na discussão de dois temas, sob a forma de workshop: “Censos e monitorização das populações de ungulados” e “Gestão cinegéticas das populações de ungulados”.

En octubre de 2012 se celebró la 3ª edición en el Parque Natural dels Aiguamolls de l’Émpordà (Girona, España). La temática de esta edición fue la gestión de conflictos causados por los ungulados.

Em outubro de 2012, a 3ª edição da RUSI (RUSI III) teve lugar no Parque Natural de Aiguamolls de l’Émpordà (Girona, Espanha), tendo-se dedicado ao tema de “Ungulados, biodiversidade e atividades humanas: gestão de conflitos”.

En septiembre de 2013 tuvo lugar la 4ª edición del RUSI en el Parque da Natureza de Noudar (Barancos, Portugal). Allí se discutió sobre las “Patologías de los ungulados silvestres” y sobre el “Papel de los ungulados como especie presa”.

Em setembro de 2013, realizou-se a 4ª edição da RUSI (RUSI IV), no Parque da Natureza de Noudar (Barrancos, Portugal) onde foram discutidas “As patologias dos ungulados silvestres” e “Ungulados como presas: caça e conservação”.

En septiembre de 2014 tuvo lugar la 5ª edición del RUSI en el Instituto de Recursos Cinegéticos (IREC) de la Universidad de Castilla la Mancha (Cidudad Real, España). En esta edición se debatieron tres aspectos: “El impacto y gestión de la sobreabundancia de las poblaciones de ungulados”, la “Relevancia de la inspección sanitaria para la gestión cinegética y conservación” y la “Gestión de los residuos de caza: gestión cinegética y conservación”.

Em setembro de 2014, a 5ª edição da RUSI (RUSI V), no IREC, Universidade de Castilha-La Mancha (Cuidad Real, Espanha) focou-se sobre 3 aspectos: “Impacto e gestão da sobre-abundância das populações de ungulados”, “Relevância da inspeção sanitária para a gestão cinegética” e “A gestão dos resíduos de caça: gestão cinegética e conservação”.

En septiembre de 2015 tuvo lugar la 6º edición del RUSI en Sao Pedro do Sul (Portugal). La temática principal fue “Los ungulados en un contexto de alteraciones globales” y englobaba los temas siguientes “Expansión de los ungulados en la Península Ibérica: nuevos desafíos”, “Mirando al futuro: nuevos retos sanitarios ante el cambio global” y “Ungulados y el cambio global: retos y oportunidades”.

Em setembro de 2015, a 6a edição da RUSI (RUSI VI), realizou-se em São Pedro do Sul (Portugal), e teve como temática “Os Ungulados num contexto de alterações globais”, englobando os seguintes temas “Expansão dos ungulados na Península Ibérica: novos desafios”, “Mirando al futuro: nuevos retos sanitarios ante el cambio global” e “Ungulados y el cambio global: retos y oportunidades.

La 7º edición del RUSI se realizó en septiembre de 2016 en Jarandilla de la Vera (Cáceres, España). El tema principal en esta ocasión estuvo centrado en “Debates abiertos en la gestión de ungulados silvestres”, y se discutieron temas actuales relacionados con la sanidad, biología y nuevas herramientas de gestión poblacional de ungulados.

A 7a edição da RUSI (RUSI VII) realizou-se em Jarandilla de la Vera (Cáceres, Espanha) em setembro de 2016, com foco central nos “Debates abiertos en la gestión de ungulados silvestres”, tendo sido discutidos temas atuais relacionados com a sanidade, biologia e novas ferramentas de gestão das populações de ungulados.

En septiembre de 2017 se celebró la 8ª edición en Porta do Mezio (Arcos de Valdevez, Portugal). El tema de esta edición fue “Ungulados: motores de cambio de los ecosistemas”.

Em setembro de 2017, a 8ª edição da RUSI (RUSI VIII) teve lugar no Porta do Mezio (Arcos de Valdevez, Portugal), tendo-se dedicado ao tema de “Ungulados: motores de mudança nos ecossistemas”.